domingo, 21 de maio de 2006

NOCTURNO

Albino Santos

Quedo-me
Em comunhão suprema
Nas aragens nocturnas
Que desdobram as vagas
De um poema

Rendo-me
À noite esbelta
E já tão nua
Sorrindo numa rima
De lábios vermelhos

Vejo-me
Em olhos de fogos infinitos
Que inflamam mãos
Inquietas
Como delicadas asas
Aproximando
Todas as distâncias

Perco-me
No reflexo sem cor
Deliciosamente lascivo
Onde a alma anoitece
Em verdes cópulas de espuma

ALBINO SANTOS
Porto, Portugal

5 Comments:

Blogger Chave da Poesia said...

Albino,
Sejam as paredes desta casa como
braços que nesta madrugada te acolhem carinhosamente pois que a chave da poesia, tu a tens! Traz contigo as rimas de teus sonhos!

21 de mai. de 2006, 01:33:00  
Blogger alice said...

cara sylvia,

venho duplamente agradecer a sua amável visita e a publicação do poema do meu amigo al

que o seu coração seja sempre o poço de luz e alegria que o seu sorriso revela

um grande beijinho,

alice

21 de mai. de 2006, 16:30:00  
Anonymous Anônimo said...

Este Blog também é teu, Albino, e sem ti estaria ainda carente daquele contributo de qualidade que o justifica. És, acredites, ou não, uma mais-valia.
Um abraço
Fernando Peixoto

21 de mai. de 2006, 19:07:00  
Blogger Amita said...

Sem dúvida, uma excelente escolha.
Cada letra do Albino é a chave da poesia que traz na alma.
Um bjinho Sylvia e Fernando

25 de mai. de 2006, 13:49:00  
Blogger Menina Marota said...

A Poesia do Albino, enche a alma.
Ao som desta música, é de sonhar...

Um abraço a todos ;)

26 de mai. de 2006, 19:34:00  

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