quarta-feira, 20 de setembro de 2006

O TEMPO

Albino Santos

Não sei o que é o tempo ou que vantagem
Pode haver em suas exactas dimensões
Já que todo o tempo são apenas ilusões
Que duram só enquanto dura esta viagem

O tempo do relógio é uma miragem
Divide, não o tempo, mas as sensações.
As horas que indica são meras convenções
Que não passam além de uma chantagem

O tempo verdadeiro é aquele que eu vivo.
Não determinado por nenhum engenho
Do meu tempo só eu disponho, só eu comando.

Apenas o final do meu tempo não consigo
Desvendar no tempo que ainda tenho.
Alguém determinará o dia, a hora… quando!

ALBINO SANTOS

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Amigo Albino,
Soneto triste mas bem real, bem do nosso tempo.
Já nos habituaste que és como o vinho do porto... há medida que passa o tempo a tua poesia sai mais elaborada, mais sentida... uma forma de estares no teu e no nosso Tempo.
Um abraço para ti e, como disse ao F. Peixoto, o grafismo escolhido assim como a música realça não as palavras, mas o sentido da vossa poesia.
Um abraço,
José Gomes

21 de set. de 2006, 06:01:00  
Anonymous Anônimo said...

Sr.Albino
É a primeira vez que leio algo de sua teoria,e apreciei imenso.
Rosa

21 de set. de 2006, 11:04:00  
Blogger Velutha said...

Um poema muito bonito. Triste mas bonito. Afinal a tristeza, a alegria, a ansiedade, o desepero, a esperança...são os ingredientes desta vida cujo tempo passa sem que o possamos deter.Vivamo-lo ou vivamo-la!
Um beijinho

23 de set. de 2006, 05:44:00  

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