Albino Santos
Não sei o que é o tempo ou que vantagem
Pode haver em suas exactas dimensões
Já que todo o tempo são apenas ilusões
Que duram só enquanto dura esta viagem
O tempo do relógio é uma miragem
Divide, não o tempo, mas as sensações.
As horas que indica são meras convenções
Que não passam além de uma chantagem
O tempo verdadeiro é aquele que eu vivo.
Não determinado por nenhum engenho
Do meu tempo só eu disponho, só eu comando.
Apenas o final do meu tempo não consigo
Desvendar no tempo que ainda tenho.
Alguém determinará o dia, a hora… quando!
ALBINO SANTOS
3 Comments:
Amigo Albino,
Soneto triste mas bem real, bem do nosso tempo.
Já nos habituaste que és como o vinho do porto... há medida que passa o tempo a tua poesia sai mais elaborada, mais sentida... uma forma de estares no teu e no nosso Tempo.
Um abraço para ti e, como disse ao F. Peixoto, o grafismo escolhido assim como a música realça não as palavras, mas o sentido da vossa poesia.
Um abraço,
José Gomes
Sr.Albino
É a primeira vez que leio algo de sua teoria,e apreciei imenso.
Rosa
Um poema muito bonito. Triste mas bonito. Afinal a tristeza, a alegria, a ansiedade, o desepero, a esperança...são os ingredientes desta vida cujo tempo passa sem que o possamos deter.Vivamo-lo ou vivamo-la!
Um beijinho
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