sexta-feira, 6 de outubro de 2006

« ARRITMIA »

Sylvia Cohin

Hora lenta, pesada de arrastar
fazendo interminável cada instante,
é fado que carrego expectante
são átimos que insisto em recontar.

Dispara no relógio da emoção
ardendo no meu peito em agonia,
urgência de uma insana arritmia
que sufoca o pulsar do coração.

Na cadência do louco descompasso
a vigília da Espera segue a hora,
viaja no ponteiro passo a passo

E o Querer, em completo desatino,
inclemente trajetória do Agora,
desfalece no colo do Destino.

SYLVIA COHIN

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Chére Sylvia
Trés beau,trés profond et trés touchant.
D'une grande sensibilité,propres aux grandes poêtesses,comme vous l'êtes!
Avec toute mon amitié et admiration.
Bisous Rosa

7 de out. de 2006, 05:09:00  
Anonymous Anônimo said...

Syl e Fer, meus queridos afilhados !
Quantos milagres faz a POESIA !
Quanta coisa que se diz em versos
o que nunca diríamos em " viva voz " ... Assim eu me indentifico com seus enredos maravilhosos .
Ah! ... eu sou apaixonada pelos poemas que leio aqui . Tudo muito bem apresentado . Uma harmonia poética , repleta de vida , que acompanha o som suave , etéreo e romântico nesse deleite puro ! De um lirismo tão significativo, capaz de acariciar o coração de quem conhece e que entende de AMOR ...
Parabéns muitas vezes
Parabéns !
Beijos com carinho
Vera Mussi

15 de out. de 2006, 19:58:00  

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