Jorge Reigada
Porque devo parar no tempo, na vida
Porque deixar de continuar um ser andante
E me estagnar largando o rio errante
Se meu destino final é o mar da despedida?
Portanto, eu quero e estarei sempre de partida
Neste eterno caminho de ida que é a vida.
Que já me deu uma enorme caixa de recordações
Onde guardei frustrações, realizações, paixões...
Futuro? Não sei! Uma folha em aberto
Só tenho de certo o instante. Eu sou um mutante.
Vivo na alegria da surpresa, ideal descoberto
Depois que o medo me petrificou no instante.
Vivas ao novo... Rompi esta casca do ovo
Que não me protegia apenas me tolhia, cegava.
A vida passando enquanto eu esperava
E aguardava o que, a morte? Me livrei do estorvo.
Que me venha o futuro. Que seja eu surpreendido
Pois, minha força esta na forja do meu passado
Já conhecido, vivido, revivido, caminhado e adornado
Com flores murchas pelo tempo já saudado.
Que me venha a surpresa. Ruim ou boa
Que pela vida me cubram o sol ou a garoa.
O brilho iluminará minha parte mais profunda.
E a chuva tornará minha alma mais fecunda.
Rio de Janeiro, 28 de maio de 2006
JORGE REIGADA
3 Comments:
Caro Amigo Jorge!
A chavedapoesia abre as portas com muita alegria para este poema que você teceu com as fibras da vida e os tons da emoção. Nosso aplauso!
Parabéns poeta Jorge. Sabes que sou fã de carteirinha do que escreves. Até nos textos cômicos que es um poeta.
Um grande abraço.
Gloria Guedes
Bom! Sabe que:"Nesse caminho de ida que é a vida.." s tudo que vc escreve fica lindo..E sabe que eu te amo...Beijo!
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