quinta-feira, 2 de novembro de 2006

« CHAVES & TRAVES... »

Sylvia Cohin

Uma Chave não é nada
reles metal recortado
só um verso em revoada
e um segredo ensimesmado...

Uma Trave bem segura
simples 'venda' que é bravata,
é só rima que perjura,
um mistério que acicata...

Uma Chave bem chaveia
ou destrava uma barragem...
Uma Trave bem bloqueia
ou permite uma passagem...

Se a 'chave-de-braço' prende,
reduz a força à metade,
a Trave do Abraço 'rende'
o coração que invade...

Segredos de 'sete-chaves'
nas entrelinhas da rima
são dos versos mais suaves
a melhor matéria-prima...

Há tantas Chaves sem uso,
abrindo portas erradas...
E as Cidades, já sem fuso,
desistem: « estão cerradas »...

Uma Chave é o que basta
para o mistério da vida
que a Poesia sempre casta
usa na justa medida...

SYLVIA COHIN

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Bonsoir chére Sylvia
Encore une fois vous nous régalez avec ce merveilheux poême.
La conjucture de tous ces mots sont parfaits.Félicitations et merci de nous offrir tant de bons moments de lecture.
Bisous Rosa

2 de nov. de 2006, 20:12:00  
Anonymous Anônimo said...

Tocou-me muito, por que sempre ando às voltas comigo mesma, perguntando-me por que a chave, e mais a ponte e a janela,
são meus três símbolos preferidos.
Na trave nunca pensei, mas vou pensar agora, por sua culpa, por
culpa da beleza do que você escreve.

23 de nov. de 2006, 01:18:00  

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