Sylvia Cohin
Revirei o baú de nossa história
sem saber muito bem o que queria,
se um poema falando de seu Dia,
ou as rimas pra louvar a sua Glória...
No baú de poeira envelhecido,
tanta coisa impregnada de você,
como pauta dormitando à mercê
de um cantar, relembrando o esquecido...
Na mescla dos guardados encontrei
um amor repartido por igual;
Quanto tempo de um zelo pontual
a dizer com doçura: "só amei"!
O porta-jóias tímido ensaiava
cantigas de ninar que ainda em nós,
ressoam como o tom de sua voz
entre os ralhos e risos que entoava...
Li na pauta de sua melodia
a elegância de seu jeito precioso,
o requinte discreto e operoso
da Lição de ser Mãe e Eucaristia...
Um lenço de cambraia dobradinho
guardava o pranto oculto e amarelado
que nunca foi por nós compartilhado
no quente do seu terno e doce ninho.
Mãe, onde foi buscar este sorriso
que seu rosto ilumina de emoções
e perdura através das gerações,
nesta vida que é sempre um improviso?
Mãe tão sábia, seu Diploma é a Lida.
Sua Escola vale mais que os lauréis
que ostentam por aí os bacharéis,
erguida com o Labor de sua Vida.
A Virtude tem sido o seu Troféu,
sua herança para a posteridade
que nos dá essa Paz de estar no Céu
e ao Viver, o sabor de Eternidade...
SYLVIA COHIN
11 de Maio de 2008
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Marcadores: Amor, Céu, Eternidade, Mãe, sorriso
4 Comments:
Linda mãe! Nós te reverenciamos! Em nome de todas as outras que tem esse dia lindo, simplesmente passado em branco!
Maria Luiza Bonini
São Paulo - Brasil
Maravilha de poesia, Syl!!!!
Um beleza digna da poeta que vc é.
De mãe para mãe,
Emilia Possídio
Recife - Pernambuco - Brasil
MEU DEUS, QUE COISA MAIS LINDA.... NÃO CONSEGUI IR ATÉ O FIM POIS AS LÁGRIMAS BROTARAM.........
OBRIGADA E UM GRANDE ABRAÇO NESSA MULHER QUE ESCREVE COISAS MARAVILHOSAS... BEIJOS,
BETY BAYER
São Paulo - Brasil
Linda poesia, querida Sylvia
Eu me senti nos versos
senti que era pra minha mãe e pra todas que já se foram.
beijos
Eliza
Rio de Janeiro
Brasil
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