sexta-feira, 20 de junho de 2008

« ABSTRAÇÕES »

Sylvia Cohin

há momentos que nem sei dizer
de quanto estou entre lá e cá,
do que se perdeu dentro de mim...

há momentos que nem sei se me enganei
pensando que era mais além, acolá,
ou se nada havia em nenhum lugar...

há momentos que me confundo,
e envolta numa trilha nevoenta,
invento um mundo que nunca existiu
além de mim...

olhando a esmo sem nada entender,
acabo crendo que é só projeção
etérea e irreal...
o mais provável: tudo verdade, e eu,
uma invenção...

SYLVIA COHIN
20 de Junho de 2008

Mantenha o crédito de autoria
Obrigada

Marcadores: , , , ,

5 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Profunda abstração da talentosa Sylvia Cohin... reinventar um mundo, buscando a si mesmo, encontrando a dualidade do ser ou não ser uma invenção, num surrealismo poético.
Maravilha! Beijos carinhosos,
guida

22 de jun. de 2008, 18:59:00  
Anonymous Anônimo said...

Há momentos em que nem sabemos quem somos, onde nos situamos. Desnorteados vagueamos, a esmo.
Laura B. Martins

22 de jun. de 2008, 19:02:00  
Anonymous Anônimo said...

A Sylvia é uma querida amiga de meu coração. Ela é a delicadeza e a inspiração que me servem de modelo.
Senhora poetisa.
É a doçura que ilumina por onde caminha.
Beijos
Theca Angel

22 de jun. de 2008, 19:07:00  
Anonymous Anônimo said...

A leitura dos versos da inspirada Poeta Sylvia Cohin, a irradiar uma claridade única, oferece esse mergulho lírico de cada um, para dentro do seu mais recôndito. Completo enlevo. Beijos, Gui

22 de jun. de 2008, 19:13:00  
Anonymous Anônimo said...

"...tudo verdade, e eu, uma invenção..."
Uma "Feliz Invenção", diga-se de passagem!
Especialmente quando te tornas real e nos brindas com a tua poesia... ainda que abstracta, sempre portadora de uma beleza concreta!

22 de jun. de 2008, 19:22:00  

Postar um comentário

<< Home