Sylvia Cohin
Calem-se afoitos corações,
calem-se, apenas pulsem,
rit-ma-da-men-te,
cau-te-lo-sa-men-te...
Que o silêncio contrito
alimente suas emoções.
Façam de uma 'sangria'
o remédio, inda que doa,
mas a pressão esvazia
e a ansiedade se escoa...
Calem-se, por clemência!
Calem-se para escutar
porque de sapiência,
o Silêncio quer falar!
SYLVIA COHIN
20.06.2008
Mantenha o Crédito de Autoria
Obrigada
5 Comments:
Poeta Sylvia Cohin,
A conjugação do calar, irradiada para o universo nesse imperativo dos versos declamados, expressa a coragem poética, traduz o desafio da Poesia, apresenta seu poder transformador para, através de líricos enlevos, concluir clamando e dando voz ao Silêncio:
"calem-se para escutar... porque de sapiência... o Silêncio quer falar..."
Emocionante e um privilégio, sempre, ter acesso à leitura destes versos, bem como tantos e todos os teus. Beijos calados e... sorvendo.
Gui Oliva
Sylvia, vim aqui pela beleza de Abstrações e deparo-me com a sabedoria do silêncio cantada na musicalidade da poesia. Abstraí-me, silenciei e me deixei levar em altos vôos diante de tanta beleza.
Parabéns!
Meu carinho,
Marise Ribeiro
A abstracção convida ao silêncio e este é o único cofre de sabedoria capaz de falar mais alto.
Em dois poemas, Sylvia mergulha na profundidade do ser e extrai a melodia poética capaz de nos fazer entender a «sangria» que tantas vezes temos de operar nas veias do ruído confuso e perturbante do quotidiano.
Bons poemas, estes. Parabéns.
Fernando Peixoto
Bom poema este. Lindissimo.
http://desabafos-solitarios.blogspot.com/
Um poema de grande desenvoltura, na sua aparente singeleza!
Parabéns à Sylvia!
Obrigado, Carminho!
Abraços fraternos,
Orlando
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