domingo, 7 de dezembro de 2008


« Confissão »

(Para a mulher que Amo, em 08 de março 2005)

Tanta coisa eu tinha p'ra dizer-te!
Tanta coisa que sempre desejei,
Falar deste modo de querer-te
Tão forte como nunca imaginei,

Palavras que em silêncio proferi.
Imagens de nós dois com que sonhei,
Que cioso guardei só para ti
No cofre dos segredos que fechei...

E se agora me atrevo a confessar
O segredo que sempre te escondi
É porque não suporto mais a dor

Do segredo que tinha que calar,
Do desejo de estar ao pé de ti
E de poder amar-te, meu Amor!

FERNANDO PEIXOTO
Vila Nova de Gaia - PT

(Publicado em 10.03.2005)

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4 Comments:

Blogger Branca said...

Depois de ter chegado de um passeio à beira rio, de ter pisado o mesmo chão que este poeta pisava e de me ter deliciado com a vida que fervilhava pelos sítios onde ele viveu, numa tarde de sol de Inverno maravilhosa, nada melhor para completar o meu dia que estes versos tão sentidos, que esta explosão de amor tão profundo, terno e verdadeiro.
Acho que já tinha lido este soneto em qualquer outro lado, mas parece-me sempre novo, único, inebriante.
O Fernando Peixoto tinha sem dúvida um génio muito especial para a poesia, como para as relações humanas e a vida em geral.
Beijinhos Sylvia para ti.
Bem hajas pela partilha e pela divulgação de tão importante obra.
Branca

8 de dez. de 2008, 15:05:00  
Blogger Fernando Peixoto said...

Minha querida Sylvia,

Tão belas palavras apenas são possíveis com a combinação de dois elementos-chave, embora interdependentes: o talentoso génio do poeta e o belo tesouro que o inspirou...
Para quem admira equitativamente a arte do amor e o amor pela arte, a minha servil homenagem!

Um grande beijo do teu eterno fã,

Fernando Peixoto

9 de dez. de 2008, 22:41:00  
Blogger Rafael Castellar das Neves said...

Que coisa linda, Fernando! Muito bom, muito forte seu poema...meus parabéns, gostei muito!!

Grande abraço,

Rafael

18 de dez. de 2008, 08:33:00  
Anonymous Anônimo said...

Um amor atinge seu ponto culminante quando sobeja, nada nem ninguém o supera ou impede. Ele (o amor) exala e permanece no ar, ninguém o comanda, e soberano, deixa sua marca indelével por onde passa, em quem ama, ou é amado.
A beleza do amor contido neste soneto, tocou-me profundamente. Feliz quem um dia, ama assim. Mais feliz, quem assim é amado. É como conhecer o céu em vida.
Com imensa admiração,
Carlos e Bia
(aprendizes da arte de amar)

3 de fev. de 2009, 11:22:00  

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