quinta-feira, 7 de agosto de 2008

« CONTRATEMPO »

Sylvia Cohin

Que amor é este que surpreende?
Que descompasso, quanta agonia!
Certo é, que o amor ninguém entende
E se opõe à razão com rebeldia...

Quem acalma este inquieto coração
aflito, sufocado de emoção?
E ri de mim, o desalmado!
Melhor que eu, sabe o que quer,
Por quem palpita... afogueado!
Bate apressado, bate ligeiro,
Num rodopio dentro de mim
Faz o que quer, o desordeiro,
Numa balbúrdia que não tem fim
Pois sempre soube por quem pulsava,
De minha espera, ria e zombava.

Fugiu de mim, o bandoleiro
E noutro peito, muito mansinho,
Fez a morada mais que ligeiro...
Aconchegou-se em outro ninho.

Faz tanto tempo te conhecia,
Que antes de mim (que ironia),
Apaixonou-se. Te amou primeiro!

SYLVIA COHIN

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2 Comments:

Blogger Conceição Bentes said...

OI AMIGA QUERIDA, BOA NOITE!
BELISSIMO ESTÁ SEU BLOG E AS POESIAS ENTAO NAO TENHO PALAVRAS,TODAS MARAVILHOSAS
BJOS NO CORAÇÃO

CEIÇÃO BENTES

7 de ago. de 2008, 23:35:00  
Anonymous Anônimo said...

Com admiração enorme, acabo de ler e reler esta última atualização de 08 de agosto. Magnífica, produtiva, bela e me emocionei em alguns encontros por aí. Parabéns pra vocês, administradores. Parabéns pra vocês, poetas que sempre afirmo, são minha veneração.
Beijins da Michèle

10 de ago. de 2008, 19:12:00  

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