Sylvia Cohin
Afinal quem és, oh Tempo,
incorpóreo todo o tempo?
Teu poder é um tormento,
todos devoras ciumento;
Jogas Vidas contra o tempo
nesse viver-passa-o-tempo?
Fazes sonhar a contento
Móis o viver-desalento
Mascateias fingimento
Atordoas turbulento
A escoar vagarento...
Serás, Tempo, só o «Entretempo»
que esperneia com o intento
de VIVER ainda a tempo
- mesmo que um breve momento -
antes de passar do tempo?
- Diz a Brisa a bafejar
num cochicho que sustenta
co'uma leveza sem par:
- Não passa o Tempo, lamenta,
somos nós, sempre a passar...
SYLVIA COHIN
Portugal, 08.08.2008
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