Sylvia Cohin
Do Tudo de que me falas
que afinal já não é Nada,
e nem tão pouco cabalas,
mas água que é já passada...
Do Nada que é talvez Tudo
tantas vezes sem sentido...
O olhar que contempla mudo
tanto o ganho, e o perdido...
Deserto, foz, afluente,
verdade, utopia, um canto,
um oásis renitente,
Tudo e Nada é só espanto.
É memória, esquecimento,
Nada é tão incoerente...
Duna ao sabor do vento,
Tudo é só uma semente...
SYLVIA COHIN
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