domingo, 29 de junho de 2008

« REFLOR...INDO »

Sylvia Cohin

De sonhos inundo o peito
colorindo a fantasia
e o desânimo rejeito...
Concedo-me uma alforria
ordenando ao coração:
'não me faça coação!'

Junto as dores do passado
para fazer espantalhos
e cosendo com cuidado
uma colcha de retalhos,
teimosa, costuro mágoas
que lanço ao sabor das águas...

De Primavera me encanto
entre lírios e verbenas
e de flores faço um manto
que recobre minhas penas.
Ervas não quero, nem dor,
só a embriaguês do Amor...

Tristeza só tem raiz
onde se apaga o matiz
da vida que se quer bela
mesmo cheia de loucura!
E se a dor também é dela,
mais adiante se cura...

Este caminho que traço
entenda como quiser,
é uma escolha que eu faço,
pra ficar leve o Viver...

E enquanto 'ferve o cadinho',
co'esta alquimia me brindo
e através dela me alinho
com novos sonhos florindo...

SYLVIA COHIN

Republicado em 29.06.08

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sexta-feira, 20 de junho de 2008

« CALEM-SE! »

Sylvia Cohin

Calem-se afoitos corações,
calem-se, apenas pulsem,
rit-ma-da-men-te,
cau-te-lo-sa-men-te...
Que o silêncio contrito
alimente suas emoções.

Façam de uma 'sangria'
o remédio, inda que doa,
mas a pressão esvazia
e a ansiedade se escoa...
Calem-se, por clemência!
Calem-se para escutar
porque de sapiência,
o Silêncio quer falar!

SYLVIA COHIN
20.06.2008

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« ABSTRAÇÕES »

Sylvia Cohin

há momentos que nem sei dizer
de quanto estou entre lá e cá,
do que se perdeu dentro de mim...

há momentos que nem sei se me enganei
pensando que era mais além, acolá,
ou se nada havia em nenhum lugar...

há momentos que me confundo,
e envolta numa trilha nevoenta,
invento um mundo que nunca existiu
além de mim...

olhando a esmo sem nada entender,
acabo crendo que é só projeção
etérea e irreal...
o mais provável: tudo verdade, e eu,
uma invenção...

SYLVIA COHIN
20 de Junho de 2008

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