sábado, 6 de outubro de 2007

« Os Vértices do Polígono »

(da geometria da vida)

Eugénio de Sá

Abóbada estrelada que me cobre
Manto de Deus vistoso, formidável
É nesta catedral imensurável
Que a minha pequenez mais se acentua
Aqui se despe a alma e fica nua
Esburgada de todo o artifício
E aqui todo o fim é um início
Tudo é mais claro, pulcro e etéreo
Nesta zéfira paz do hemisfério
Eu me concentro como em oração

E o meu espírito então fica mais nobre
Ao recordar pedaços de uma vida
Com uma geometria atribuída
Feita de segmentos por fechar
E vértices cansados de esperar
P’la pacificação da consciência
Porque sem ela ou na sua ausência
Não há equação ou outra forma
P’ra dar convexidade ao que a transtorna
E me trazer de volta ao coração

EUGÉNIO DE SÁ

Brasil
Setembro de 2007



5 Comments:

Blogger Chave da Poesia said...

Bem-vindo sejas, Poeta, a este recanto de portas abertas aos sonhos, e aos amigos que queiram sonhar conosco. É um prazer recebê-lo no ChavedaPoesia!

6 de out. de 2007, 00:56:00  
Anonymous Anônimo said...

Querida Syl
Merci de nous presenter,ce poête,pour que nous puissions partager ces poêmes.J'ai beaucoup apreciée celui-ci,je le trouve trés beau et trés profond au même temps.
Félicitations Monsieur Eugénio,et écrivez encore beaucoup d'autres pour notre enchantement...
Bisous...Rosa

6 de out. de 2007, 07:58:00  
Anonymous Anônimo said...

Diante da imensidão do Universo, também o poeta curva-se.
Sensacional!!!!
Parabéns ao Eugenio pela riqueza dos versos, a Syl pela feliz escolha.

6 de out. de 2007, 12:01:00  
Anonymous Anônimo said...

Syl e Fernando
Apesar desta minha neutralidade neste segundo semestre, é sempre um prazer enorme admirar as suas obras aqui e através de nossa correspondência. O bom gosto impera em tudo. Parabéns pela postagem da obra do amigo Eugenio, um grande poeta. Com admiração e carinho, aceitem meu abraço.
Cleide

6 de out. de 2007, 12:39:00  
Blogger Isamar said...

E, para mim, é um prazer ler um poema lindíssimo, proporcionado pelos amigos deste blogue.

" O meu espírito fica mais nobre
ao recordar pedaços de uma vida..."

Não são as recordações uma riqueza da alma e do coração? Feliz daquele que as tem.

Obrigada, amigos por me terem oferecido mais um momento de boa poesia.

Beijinhos

11 de out. de 2007, 13:37:00  

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